O que isso
significou em termos do modo de olhar para este objeto de pesquisa, do modo de
recortá-lo e do modo de interpretá-lo?
A análise dos movimentos sociais no
Brasil revelam forte enfoque teórico oriundo do marxismo,
sejam eles vinculados ao espaço urbano e/ou rural. Tais movimentos, quando se
referiam ao espaço urbano possuíam um leque amplo de temáticas como por
exemplo, as lutas por creches, por escola pública, por moradia, transporte,
saúde, saneamento básico etc. Quanto ao
espaço rural, a diversidade de temáticas expressou-se nos movimentos de
bóias-frias (das regiões cafeeiras, citricultoras e canavieiras,
principalmente), de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos
proprietários.
Cada um dos movimentos possuía uma
reivindicação específica, no entanto, todos expressavam as contradições
econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira.
Nos anos 70, mesmo diante de forte repressão
policial, os movimentos não se calaram. Havia reivindicações por educação, moradia
e pelo voto direto.
As passeatas, manifestações em praça pública,
difusão de mensagens via internet, ocupação de prédios públicos, greves,
marchas entre outros, são características da ação de um movimento social. A
ação em praça pública é o que dá visibilidade ao movimento social,
principalmente quando este é focalizado pela mídia em geral. Os movimentos
sociais são sinais de maturidade social que podem provocar impactos
conjunturais e estruturais, em maior ou menor grau, dependendo de sua organização
e das relações de forças estabelecidas com o Estado e com os demais atores
coletivos de uma sociedade.
Por Filipe di Franco
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