quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O sujeito na virada para uma outra história

O Brasil retoma seus movimentos populares por reformas, justiça, moralização, conquistas legais de minorias e outras condicionais da vida em sociedade. A mudança é inevitável e surge das necessidades acumuladas em décadas.
Há uma geração em estágio produtivo, já no mercado de trabalho; há parte dessa geração em condição improdutiva, por conta das injustiças; há uma outra parte em estágio produtivo mas que vive em deleite dos bens familiares adquiridos. Esse quadro caracteriza um país sem um perfil claro de país emergente.
As distorções em relação aos valores humanos são resultado de um passado histórico de grandes injustiças. Como não se encontrou vias bem pensadas para uma nova ordem, caminhou-se  durante esses 500 anos sobre patamares frágeis, passíveis de desmoronamentos freqüentes. “Seriam esses os nossos terremotos”.
O momento presente se apresenta com difíceis possibilidades de ajuste da ordem, considerando que não temos um sistema educacional voltado pra formação de um cidadão definido, em relação às espectativas da sociedade em que vive.
Nossa educação não trabalha com fundamentos em relação ao cidadão que quer formar, os valores que o suportam e as condições objetivas para efetivá-lo.
Na atual conjuntura temos posturas profissionais questionáveis na competência, temos indivíduos impregnados pela fé salvadora, em nome da moral ou das conquistas pessoais, temos indivíduos alienados por doutrinas , mídias e toda espécie de sistematização alienante. De modo que , temos uma sociedades com representantes capengas a decidirem nossos destinos sob a interferência da formação voltada para o imediato proveito do nada.
É fácil perceber o esvaziamento na formação dos valores , da competência ou no desenvolvimento da inteligência.
Pôs-se de lado a filosofia, a sociologia, a história, os clássicos da literatura, a matemática aplicada, as posturas científicas(habilidade de pesquisa), a formação política, crítica, criativa,os valores morais.Temos hoje um cidadão de iniciativas duvidosas,indefinidas e olhar voltado pra um futuro promissor de bens voláteis e perecíveis. Temos provavelmente ,já a caminho, uma sociedade necessitada de salvações vindas de fora.
_Hei! Você aí! Já parou pra pensar na sua revolução pessoal?  A sociedade já começou a dar sinais de uma nova Era. O sujeito proverá a nova sociedade, exigindo e dando sua contribuição para o bem comum.

Crônica por Denise Almeida

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