Prezados leitores,
Quando a década de 70 começou, vivia-se no Brasil o período
mais duro da ditadura militar implantada em 1964.
Eram os anos do governo do general Médici (1969-74). A
censura estava institucionalizada, a tortura aos presos políticos corria solta.
A repressão e o clima de terror que o Estado ditatorial impôs em nome da
“Segurança nacional” e do “combate à subversão comunista” haviam desagregado e
reduzido ao silêncio os movimentos sociais.¹
No decorrer da segunda metade da década de 70, com a entrada
de Ernesto Geisel e uma amenização da
repressão, foram se multiplicando atos de contestação e de protesto, passeatas
e manifestações amplas de oposição; as ruas foram tomadas pelos movimentos
estudantil, popular, operário, de mulheres, alargando o espaço da abertura e
revelando que havia não só uma crescente opinião pública contrária ao regime em
geral, como também uma diversidade de interesses e reivindicações específicas,
de formas de expressão e de organização dos vários setores da sociedade.
Na imagem, cartaz com os dizeres "Abaixo a ditadura" |
¹ HABERT, Nadine. A década de 70: Apogeu e crise da ditadura militar brasileira. São Paulo: Ática, 1996.
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Minorias Silenciadas; História da censura no Brasil. São Paulo. Edusp; Fapesp, 2003.
BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. O Governo de João Goulart: As Lutas sociais no Brasil 1961-1964. 8ª Ed. São Paulo. Ed. Unesp, 2010.
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